segunda-feira, 21 de julho de 2008

Batman, o melhor

Ontem assisti Batman - O Cavaleiro das Trevas. Poderia resumir essa coluna dizendo simplesmente "imperdível". Ponto. Mas me darei o luxo de comentar um pouco mais. Merece mais. O filme é uma adaptação fiel, original, criativa, respeitosa e realista do mito do homem-morcego.

O primeiro filme dirigido por Christopher Nolan, Batman Begins, já tinha dado a esperança de que veríamos algo, se não melhor, tão bom quanto. É melhor. O diretor se preocupa em não deixar pontas de uma história pra outra (atenção nas primeiras cenas, um personagem legal reaparece), e faz isso sem prejudicar a película com muita informação, ainda mais as desnecessárias. O filme é longo, o que só contribui. Mais tempo para assistir a interpretação segura de Christian Bale como Bruce Wayne/Batman, Michael Caine, sempre ótimo, como o fiel escudeiro Alfred, Gary Oldman - ele É o comissário Gordon -, e, claro, o assunto do momento, Heath Ledger como o insano Coringa. Insano é pouco, ele faz o Coringa mais visceral de sempre. Todos os atores estão perfeitos no papel, sem exageros. Vale um crédito especial a Aaron Echart (Obrigado por fumar), o promotor Harvey Dent, bom ator não muito prestigiado por Hollywood, e devidamente aproveitado pelo diretor Nolan.

A história, excelente. Baseada em várias mini-séreis em quadrinhos do morcego, mistura as melhores para apresentar uma coesão pouco vista em filmes assim. Aconselho, para quem não leu e curte, O Longo Dia das Bruxas e, obviamente, O Cavaleiro das Trevas. Obrigatórias. Não vou aqui falar muito da trama do filme, com medo de estragar surpresas. Recheado de detalhes, vale assistir algumas (muitas) vezes o melhor Batman já feito até hoje. Ponto.

Leia Ouvindo:
Batman theme - Danny Elfman
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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fight, fight!

Aos que sonham com os famosos 15 minutos de fama, aqui vai uma dica. Um chinês está processando o Spielberg por achar ofensivo o que a Dreamworks apresentou no filme Kung Fu Panda. O tal chinês, auto proclamado representante dos pandas mundiais, achou degradante o animal ser ridicularizado da forma que o desenho mostra: bobo, filho de um pato (!) e irresponsável. O cara resolveu, por isso, processar o cineasta pelo filme.

E sabe o que ele quer? Que a Dreamworks pague os custos da ação. Ele quer fama.
Ai, ai...

Bom, assim, senhoras e senhores, se consegue os tais 15 minutos de fama. Só que esse chinês não foi feliz. Ao menos comigo. Levei 47 segundos para ler a matéria. Só resolvi postar aqui para ver se a soma de nossas leituras, caro leitor, ajuda o pobre homem a chegar lá.

Ao Sr. Miagy, ainda: É só um desenho, meu caro. Ou o senhor imagina que um pato possa conceber um urso? Coitada da Sra. Pata!

Leia ouvindo:
"Everybody is kung fu fighting"
Kung Fu Fighting - Carl Douglas
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terça-feira, 15 de julho de 2008

"Má ôi, má ôi. Vem pá cá, Lobão, vem pá cá!"

Que o Lobão sempre botou a boca (com todo respeito) em tudo, não é novidade. Primeiro, nas canções que marcaram época, logo após sua saída da bateria da Blitz. Depois, o anti-gravadora, levantando a bandeira da música independente com o peito aberto - e deu certo! Há pouco tempo, sem precisar provar mais nada, assina com a Sony para um Acústico. Lobão fica mais calmo, um escoteiro, um lobinho. E ainda sai por cima, dizendo, como Coca-Cola, "é isso aí".

Recentemente, entrou para o cast da MTV apresentando o programa de MTV Debate com assuntos intitulados polêmicos, sendo eles manjados ou não. O curioso é que por esse programa, o prêmio Comunicação e Destaque, conhecido como o Oscar dos melhores apresentadores de rádio e televisão do Brasil, foi pra ele, como "melhor apresentador no primeiro semestre de 2008". Ok, por mais estranho que possa parecer o título, tá valendo. Segue a grande trajetória do cara que fala, fala, e fala, e tá andando pro que se pensa dele. Nada a provar. Lobinho está no ar. Traços do Lobão aparecem na tela, mas na tela da MTV.

Mas aí o Lobão, aquele malvado que abre a boca para mastigar críticas e cuspir ideais aparece de novo. Ao menos, dá sinal de vida. Convidado para participar da recém adquirida versão do famigerado Ídolos na Record, Lobão respondeu com um simples "não" para o Sr. PEdir MaisCedo. E se não bastasse, disse "sim" para mestre Sílvio, da concorrente SBT.

- Má ôi, Lombardi, e o homem vem fazer o quê aqui no SBT Lombardi?
- Vai ser jurado do programa Astros, Sílviooooo!

Lobão ainda é um astro.
(sim, o trocadilho foi fácil, mas inevitável)

Leia ouvindo:
"Um dia eu vou ser rico, um dia eu vou me dar bem"
Cuidado - Lobão

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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Absurdos que se vêem

Eis que vejo o comentário de um senhor bem alinhado, ao lado da esposa igualmente "bem vestida" (para os padrões deles, diga-se de passagem), dando um discurso entre magoado e cheio de razão à funcionária de uma casa de espetáculos sobre "trajes próprios para assistir um concerto". Hein? Na hora, me olhei para ver se eu estava adequado para os padrões do homem - sei lá, vai ver que para alguns, calça e camisa é ultrajente. Como ele não me olhou, continuou (mais ou menos assim):

- É louvável que essas pessoas (nessa parte entendi que eram as de roupas diferentes das dele) venham ao teatro, mas deve haver um ensino para que elas venham até aqui. Se eu viesse de chinelos, você ia gostar? Registre minha queixa, por favor.

Ele reclamava das roupas que certos ocupantes do mesmo tipo de cadeira que ele, ali no teatro, estavam vestindo. Pessoas que tinham tanto direito de estarem ali quanto ele, ressalto. Mas... se o teatro não exige, não há normas dos artistas que estão se apresentando... não deveríamos ir como nos sentimos melhor? Com isso, comento:

a) Meu caro senhor, se o quiser vir de chinelos, problema seu. Está frio, vai congelar o mindinho do pé.

b) Ninguém estava mal vestido - até porque isso é subjetivo demais. Estavam todos à sua moda, cultura, padrão. Mas todos estavam ali, e ninguém roubou ingresso para tanto. Aliás, o senhor foi convidado?

c) Se perdeste tanto tempo olhando as roupas, como estava o espetáculo?

d) Barulho em cinema incomoda. Eu não sabia que roupa atrapalhava concertos.

e) Meu caro senhor: sexo, nem pensar?

Sim, sou malvado e bobão.
Mas esse senhor era pior.
E classista.

Leia ouvindo:
"Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua"
Quem te viu, quem te vê - Chico Buarque

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Leia ouvindo...

...textos esporádicos, bem-humorados e viajantes sobre tudo um pouco, um pouco de tudo, nada de coisa nenhuma...

...sempre com a lembrança certeira de uma canção, uma frase de uma composição ou mesmo uma sugestão instrumental...

...relação entre texto e som, ritmo e leitura, idéias e alguns ideais...

Leia ouvindo:
"The answer my friend, is blowin in the wind..."
Blowin in the wind - Bob Dylan